Maiores Decepções no Mundo dos Games em 2014



As cinco maiores decepções no mundo dos games em 2014


O fim de 2014 está bem próximo e chega a hora de revermos tudo que aconteceu no mundo dos games neste ano. Se 2013 foi um ano espetacular para todos os consoles (inclusive com o lançamento da nova geração), 2014 foi marcado principalmente por inúmeras decepções (talvez bem acima do normal). Por isto, além de listar a nossa opinião sobre os melhores do ano (confira em breve aqui na SuperGamePlay), resolvemos também listar o que achamos de mais decepcionante este ano. Não foi fácil compilar uma lista somente com cinco itens, por isto pedimos a ajuda de vocês para complementar nos comentários com outros jogos ou situações que mais te decepcionaram.

Thief (PS3/PS4/Xbox 360/Xbox One/PC)

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   A série Thief é uma das mais adoradas e icônicas do mundo dos games. O primeiro jogo da franquia, lançado em 1998 praticamente inventou o gênero stealth e o anúncio de um novo jogo, após mais de 10 anos e desenvolvido pela sempre competente Eidos Montreal, deixou todos ansiosos. Mas o game foi uma total decepção. Com uma narrativa fraca e cheia de personagens esquecíveis, Thief ainda conta com missões e cenários pouco inspirados, inúmeros bugs na inteligência artificial, controles toscos (principalmente no PC) e uma falta de polimento não muito comum em jogos de uma grande desenvolvedora. Por estes motivos, o game merece estar em nossa lista das maiores decepções do ano.

Watch Dogs (PS3/PS4/Xbox 360/Xbox One/PC/Wii U)

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   Quando apresentado pela primeira vez na E3 2012 pela Ubisoft, Watch Dogs se tornou rapidamente um dos títulos mais aguardados de todos os consoles. Com gráficos impressionantes, mundo completamente aberto e uma história que aparentava ser bastante envolvente e interessante, Watch Dogs para muitos é talvez a maior decepção do ano. Os “problemas” começaram com a clara redução da qualidade gráfica feita pela Ubisoft. Comparativos de cenas do game próximo a data de lançamento com trailers apresentados nos anos anteriores apareceram em todos os sites e fóruns.

   Além de inúmeros problemas gráficos e de performance no PC (inclusive com modders lançando correções para melhorar os gráficos do jogo), Watch Dogs também decepcionou com um protagonista sem muito carisma e história fraca. Apesar de bastante competente com sua jogabilidade e com a mecânica de hackeamento, todos esperávamos muito mais inovação em Watch Dogs e não apenas uma “cópia” de diversos elementos já presentes em jogos como Grand Theft Auto.

Destiny (PS3/PS4/Xbox 360/Xbox One)

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    Medíocre uma palavra leve para falar sobre a história de Destiny. Apesar do jogo contar com pontos fortes, como sua jogabilidade, a história do MMO de tiro em primeira pessoa é fraca e praticamente inexistente. O game foi possivelmente o mais aguardado do ano e seu lançamento levou milhões de pessoas as lojas e movimentou milhões de dólares. Destiny prometia algo completamente novo: um game multiplayer massivo, com história rica e envolvente, centenas de conteúdos variados, evoluções de personagens, skills e milhares de equipamentos e armas. Tudo em cima e um gênero de tiro em primeira pessoa e trazendo toda a competência da Bungie, criadora de Halo.

    Mesmo acertando a mão com belos gráficos, ótima trilha sonora e jogabilidade viciante, Destiny foi uma decepção total ao apresentar uma história medíocre, personagens sem carisma e diversas falhas em seu sistema de loot e balanceamento. Nem mesmo a nova expansão (The Dark Below) lançada recentemente conseguiu aprimorar estes pontos. Com todo o hype e toda a pompa de super-produção, esperávamos muito (mas muito) mais de Destiny.

DriveClub (PS4)

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   O game de corridas com inúmeros elementos sociais da Evolution Studios (estúdio da Sony) foi decepção em cima de decepção. Primeiramente o game era para ter sido um título de lançamento do PlayStation 4 e foi adiado por quase um ano para que a desenvolvedora pudesse acertar todos os detalhes e entregar uma “experiência melhor de jogo”. Os 11 meses adicionais aparentam não ter resolvido nada, já que DriveClub foi lançado com um festival de problemas. Quem comprou o game no varejo ou na PS Store não conseguiu acesso ao mesmo nos primeiros dias. Servidores sobrecarregados, lentidão, bugs e inúmeros recursos desabilitados são apenas alguns dos problemas enfrentados nas primeiras semanas.

   O desastre foi tanto que a Sony congelou a liberação da versão grátis para assinantes PS Plus que até hoje não foi lançada. Um dos recursos mais aclamados do game (o clima dinâmico) foi implementado somente meses após o lançamento. Shuhei Yoshida, presidente da Sony Worldwide Studios teve que pedir desculpas aos fãs em carta aberta e a Evolution liberou um mísero DLC grátis para compensar jogadores pelos problemas. O mais triste é que DriveClub é apenas mais um dos exemplos de graves problemas que tivemos com jogos, claramente defeituosos, este ano.
Assassin’s Creed: Unity (PS4/Xbox One/PC)

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   Se precisássemos eleger um campeão de decepção do ano, elegeríamos Assassin’s Creed: Unity da Ubisoft. Não nos leve a mal, o novo game da adorada série tinha uma premissa bastante interessante, com um inovador modo cooperativo e sendo bastante divertido em alguns pontos. Porém, a execução da Ubisoft foi um desastre. Podemos citar inúmeros motivos por que este seria a nossa maior decepção: o game foi entregue claramente sem estar completamente pronto. Milhares de bugs, problemas de performance, defeitos técnicos ridículos, interface de usuário irritante e mais um monte de detalhes que nos faz duvidar de como o game passou pelo controle de qualidade da empresa.

   O desastre fez a Ubisoft pedir desculpas abertamente e dar um game grátis para quem comprou o Season Pass. Outra malandragem da desenvolvedora foi permitir que os reviews do jogo fossem publicados somente várias horas após seu lançamento, fazendo com que compradores fossem pegos de surpresa pelos problemas. Inúmeras atualizações (gigantescas por sinal) e semanas depois, Unity finalmente aparenta estar nos trilhos e apesar de ser um jogo razoável, isto não esconde o fato do game acrescentar muito pouco à uma série já saturada.


Menções honrosas desonrosas:

  • Exclusivos temporários, principalmente Rise of the Tomb Raider.

  • Os inúmeros problemas no multiplayer da Halo: The Master Chief Collection.

  • A empolgação com o ótimo Titanfall durou apenas poucas semanas.

  • Após mais de um ano do lançamento, ainda não é possível tirar screenshot no Xbox One.

  • Inúmeros ataques de DDoS que derrubaram redes e servidores dos principais jogos ao longo do ano.